sábado, 31 de março de 2018

ENCHENTE DE 1981 COMPLETA HOJE, DIA 01 DE ABRIL, 37 ANOS DE MARCO HISTÓRICO PARA CAMPO REDONDO E SANTA CRUZ NA REGIÃO TRAIRI

Quarta-feira, 1º de abril de 1981.


Hoje, domingo, dia 01/04 faz exatamente 37 anos que Santa Cruz registrava sua maior tragédia, a enchente do Rio Trairi, que deixou milhares de desabrigados e causou estragos na cidade que estão na memória e história do município.
Em um dia de fortes chuvas em toda a região do Trairi, por volta das 18h, à água que havia rompido o Açude Mãe D’água em Campo Redondo, chegava a Santa Cruz, causando estragos imediatos: 1.044 casas destruídas, mais de 5 mil desabrigados, seis mortes e um rastro de destruição.
Para se ter uma idéia, a água levou várias casas que foram construídas dentro ou as margens do Rio Trairi, que divide o bairro Paraíso do restante da cidade. A força da água era tão grande, que ela chegou a atingir várias ruas do centro, trazendo prejuízos para boa parte da população de Santa Cruz.
A tragédia foi uma das maiores da história do Rio Grande do Norte e mobilizou autoridades de todo o país, na busca de reconstruir Santa Cruz e todo o caos que foi instalado. A mobilização trouxe o Exército brasileiro que fez trabalhos durante meses para diminuir os estragos causados.
O então governador Lavoisier Maia decretou estado de calamidade pública em toda a região do Trairi e levou fotos da tragédia ao presidente da República, João Figueiredo. O ministro do Interior na época, Mário Andreazza confidenciou ao prefeito de Santa Cruz, Hildebrando Teixeira, só ter visto cena igual em guerra.
O trabalho das autoridades foi essencial para que a tragédia fosse minimizada, mas tudo começou com a telefonista Maria de Fátima da Silva que contactou o Pároco de Santa Cruz na época, Monsenhor Raimundo Gomes Barbosa, para avisar do risco do rompimento do açude.
O ex-governador Iberê Ferreira de Souza (chefe da Casa Civil, na época), começou os contatos com o então governador do estado, Lavoisier Maia, e autoridades nacionais para ajudar a população afetada pela tragédia. Segundo Edgar Santos o papel das autoridades foi fundamental e que fica de lição para os dias atuais.
Após a enchente, o trabalho de reconstrução foi iniciado. Muitos se solidarizaram com a situação que se encontrava o município e um mutirão que envolveu as três forças armadas, instituições públicas e privadas, ONGs, voluntários, igreja e as próprias vítimas foi formado com o objetivo de reconstruir a cidade.
O maior legado foi à criação do Conjunto Lauro Maia, com terrenos doados pelo Governo do Estado do RN para construção de 300 casas que foram doadas para as vítimas da enchente.
A construção do Conjunto Lauro Maia foi essencial para o acolhimento as famílias desabrigadas. Outro trabalho importante foi a reconstrução do Açude Mãe D'água, que teve sua parede rompida com a enchente. A recuperação aconteceu em 1992 e existe até hoje.
Após 1981, ficou a lição de solidariedade da população e da união de toda a sociedade, dos grupos políticos e do povo para a reconstrução de Campo Redondo e principalmente Santa Cruz, ato que virou exemplo para outros municípios que já sofreram com o mesmo problema desde aquela época.
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Fonte Portal de Campo Redondo


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